quinta-feira, janeiro 18, 2007


As duas maiores e graves ameaças a toda a zona da Serra da Arrábida são as pedreiras - que vão "comendo" a Serra desde Sesimbra - e a fábrica do cimento SECIL- que a "come" desde Setúbal.
É gritante que ninguém faça nada para deter esta situação. Estamos perante uma zona protegida, um parque natural que é parte integrante da rede europeia, e que continua a ser "comido" a toda a velocidade (antes que acabem os contratos de exploração).
Discutiu-se recentemente a transformação da SECIL numa unidade de co-incineração. Como se não bastasse estarem a acabar com a Serra ainda vinham queimar resíduos para o seu coração. É demais. Aquilo que deve estar realmente em jogo é a desinstalação da fábrica, o seu desmantelamento, a sua saída definitiva desta região da Arrábida (antes que a serra se transforme numa planície). Por fim, reparem na hipocrisia total: a SECIL recebe prémios do Ambiente só porque planta umas árvores nos buracos que faz. A ideia deve ser tapar o sol com a peneira. Aquilo que devia receber, em definitivo, era um bilhete de ida para fora daqui.

"Só quando o Homem abater a última árvore,
contaminar o último ribeiro e matar o último peixe
é que perceberá que o dinheiro não serve para comer."
Sara e Inês, 7ºA

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